Durante o 42.º Congresso da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), a Comissão Sócio-Profissional da SPOT liderou a mesa “Médicos e financiadores: construir entendimentos e sinergias”. Este debate pretendeu estabelecer uma colaboração entre os ortopedistas e entidades financiadoras para criar soluções benéficas para todas as partes envolvidas.
De acordo com Carlos Maia Dias, coordenador da comissão, este momento permitiu a “discussão de um modelo mais ágil, moderno e atualizado de codificação de procedimentos cirúrgicos”. O debate teve, ainda, como objetivo a “redução da entropia processual” e “da litigância persistente entre as companhias de seguros e os médicos”.
No fim da sessão, concluiu-se que nenhum ortopedista isoladamente seria capaz, a longo prazo, de manter canais de comunicação abertos de forma sustentável com as entidades financiadoras para negociar o valor do ato médico. Neste contexto, a SPOT foi destacada como a entidade mais apta para facilitar estes procedimentos. Houve também destaque para o desconforto dos ortopedistas em relação à falta de reconhecimento adequado da sua formação e de contribuição para o bem-estar do doente.
“Vários Diretores de Serviço e membros de todas as secções e sociedades irão reunir-se para discutir este tema brevemente e esperamos que dessa reunião possa sair uma proposta que sirva os interesses dos ortopedistas, EF [entidades financiadoras] e doentes”, acrescentou o coordenador acrescentou.