03/11/2023
A SPEJ – Sociedade Portuguesa para o Estudo da Patologia do Joelho, Sociedade Afiliada da SPOT, apresentou uma forte atividade científica neste 42º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, com a organização de quatro sessões. “Na escolha dos preletores, procurámos ter um equilíbrio entre ortopedistas com notoriedade consagrada e ortopedistas jovens e promissores na área do joelho”, introduz o Manuel Vieira da Silva, presidente da SPEJ. Em termos de programa, todas as sessões começam com a apresentação e discussão de um caso clínico difícil.
A primeira sessão decorreu ontem e foi dedicada ao aparelho extensor. Os preletores deram particular ênfase às questões mais complexas daquela que é “uma das principais causas de consulta do joelho”. “Abordámos as fraturas da rótula, as ruturas crónicas do tendão da rótula e os casos de luxação da rótula”, resume Manuel Vieira da Silva.
A segunda sessão, no segundo dia do 42º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, na sala Jorge Mineiro, contou com a moderação de Henrique Jones e Ricardo Varatojo. A sessão contou com a participação de Nuno Camelo Barbosa, Ricardo Bastos, Nuno Marques Luís, Tiago Basto, J. Espregueira Mendes, Kyu Sung Chung e Pedro Pessoa, e foi encerrada com a discussão com a assistência.
“Pretendemos abordar assuntos sobre os quais não há consenso, nomeadamente se todos os doentes precisam de cirurgia, se faz sentido adaptar o enxerto a cada doente e os fatores de risco que, muitas vezes, não são tidos em conta quando realizamos uma plastia ligamentar”, sintetiza Manuel Vieira da Silva.
A segunda sessão do dia foi organizada em parceria com a Sociedade Portuguesa de Infeção Osteoarticular (SPIO) e focou-se no diagnóstico da infeção da prótese total do joelho. “É um assunto muito importante, porque este diagnóstico é difícil e deve estar protocolado, pelo que vamos discutir todas as recomendações nesta área”, garante o presidente da SPEJ. A epidemiologia, o diagnóstico diferencial, os novos biomarcadores, as culturas, a sonicação e o papel da biologia molecular foram outros dos temas em análise nesta sessão conjunta.
A SPEJ organizou também uma sessão sobre menisco e cartilagem que contou com a moderação de Pereira de Castro e João Lourenço.
“Falámos sobre técnicas de reparação mais recentes e outras mais antigas com novas aplicações, bem como sobre as indicações para aloenxerto”, elencou Manuel Vieira da Silva.
Na última preleção, esteve em destaque o papel da interpretação dos exames imagiológicos na reparação da cartilagem, nomeadamente dos resultados da ressonância magnética.
“Em suma, discutimos assuntos que estão na ordem do dia e sobre os quais não há consenso”, remata o presidente da SPEJ.