04/07/2024
No dia 29 de junho, entre as 10h00 e as 11h30, realizou-se via ZOOM o webinar “Imprescindível a Saber sobre as Diferenças das Lesões Traumáticas do Cotovelo na Adolescência”, organizado pela Sociedade Portuguesa de Ortopedia Pediátrica (SPOP), uma sociedade afiliada da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT).
Moderado por duas experientes profissionais, Mafalda Santos, da Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho e presidente cessante da SPOP, e Graça Lopes, da Unidade Local de Saúde de Santa Maria e atual presidente da SPOP, o evento abordou diversos tópicos cruciais sobre as lesões do cotovelo em adolescentes, apresentando diferentes tipos de fraturas e o seu impacto funcional e social.
O programa contou com apresentações de renomados especialistas. Andreia Ferreira, da Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho, iniciou a sessão com o tema “Fraturas Supracondilianas: Diferenças na Abordagem Terapêutica e seu Impacto Social e Desportivo”. Durante a apresentação, a convidada destacou que “as fraturas extra-articulares do úmero distal tornam-se menos comuns à medida que nos aproximamos da maturidade esquelética, havendo uma grande variabilidade na maturidade, no tamanho doente, no tipo de lesão, o que torna difícil a nossa decisão de tratamento nesta faixa etária”.
De seguida, Joana Arcângelo, do Hospital Dona Estefânia, ULS S. José, discutiu as “Fraturas Epicondilianas e da Epitroclea: Interferências no Resultado Funcional do Cotovelo e Estratégias de Tratamento”. A profissional de saúde concluiu que “o tratamento conservador está indicado na maior parte dos casos, onde também ocorre pseudartrose, mas não afeta a função, e a única indicação aguda taxativa é o encarceramento do fragmento”.
Já Marcos Carvalho, do Hospital Pediátrico de Coimbra, focou-se na temática das “Fraturas da Tácubita Radial e do Olecrânio: Fatores Decisivos na Abordagem Terapêutica para Melhores Resultados”. Durante a intervenção explicou que “as fraturas da tacícula radial e do olecrânio são menos frequentes, mas que não deixam de ser menos importantes, porque como são menos tratadas existem alguns pormenores que devem ser salientados. Uma das mensagens mais importantes é que em grande número podem ter outras lesões associadas”.
Por fim, Rui Martins, da ULS São João, Porto, encerrou com o tema “Outras Lesões no Cotovelo: Impacto nas Mudanças Comportamentais das Atividades Desportivas e Sociais na Adolescência”, onde sublinhou que “a maior parte dos estudos considera que as lesões em cotovelo pediátrico em sobrecarga têm tido um aumento nos últimos anos, possivelmente fruto da evolução para um desporto único. Há cada vez mais crianças em prática bastante competitiva, que estimula esse desporto único, que sendo de elevada intensidade em carga de treino também favorece lesões mais frequentes de sobrecarga”.