07/11/2023
No dia 4 de novembro, o workshop “Ecografia Músculo-Esquelética e Intervencionismo eco guiado”, dinamizado pela Speculum, foi um destaque do 42.º Congresso Nacional da Sociedade Portuguesa de Ortopedia (SPOT). Este evento, que teve lugar no Centro de Congressos do Algarve, em Vilamoura, instruiu os participantes sobre os princípios da “eco anatomia” e sobre a técnica de exploração eco guiada, visando aprimorar a prática clínica no âmbito das lesões músculo-esqueléticas.
O workshop teve como propósito capacitar os profissionais de saúde para abordar desafios comuns na prática clínica, incluindo a identificação e localização de lesões musculares e tendinosas e deteção de problemas como bursite, derrame articular, sinovite ou calcificações. Além disso, os participantes aprenderam a diagnosticar hematomas subcutâneos e intramusculares, bem como a aplicar critérios para realizar infiltrações eco guiadas.
A primeira parte do workshop foi dedicada a uma sessão teórica, na qual foi discutida a relevância da ecografia e do uso do ecógrafo no diagnóstico e intervenções eco guiadas, com a contribuição de especialistas nas áreas da Medicina Desportiva, Ortopedia, Radiologia, Reumatologia e Fisioterapia, com exploração da ecografia musculoesquelética como ferramenta de diagnóstico adaptável a diferentes especialidades. Esta discussão destacou os benefícios, a capacidade de diagnóstico e as abordagens terapêuticas associadas.
A segunda parte do evento foi dedicada a sessões práticas, com foco na utilização da ecografia para identificar referências anatómicas, particularidades de diagnóstico e procedimentos de intervenção. Estas sessões foram divididas em quatro estações de trabalho, abrangendo membros superiores e inferiores.
Por fim, a última parte do evento concentrou-se na apresentação de casos clínicos e vídeos comentados relacionados com a Ecografia musculoesquelética e o Intervencionismo.
De acordo com Henrique Jones, organizador do worshop, no fim do mesmo, os participantes ficaram com a noção completa da capacidade desta técnica oferecer, em tempo real e ao vivo, imagens de estruturas articulares e periarticulares, como superfícies ósseas, cartilagem, cápsulas articulares, músculos, tendões, inserções tendinosas e ligamentos. Afirmou, ainda, que esta ferramenta “deverá ser encarada pelos clínicos, que avaliam este tipo de lesões, como uma mais-valia em termos de diagnóstico e acuidade terapêutica com vantagens inquestionáveis para o atleta ou para o doente comum”, devido ao seu avanço tecnológico, qualidade de imagem, portabilidade e custo reduzido. Mais informações em https://congresso.spot.pt/