O Hospital Distrital da Figueira da Foz vai promover o curso “A Par e Passo – cirurgia ao vivo – casos complexos Pé e Tornozelo”, nos próximos dias 2 e 3 de junho. Esta iniciativa, que conta com o patrocínio científico da SPOT, além de ser dinamizada pelo Serviço de Ortopedia do Hospital Distrital da Figueira da Foz, é também dinamizada pela equipa de Ortopedia do Pé e Tornozelo/ Foot and Ankle Surgery. Manuel Resende Sousa, juntamente com Daniel Mendes, João Vide e Tiago Roseiro, constituem a Comissão Organizadora da formação, que se destina aos especialistas e internos com interesse na patologia do pé e tornozelo.
Manuel Resende Sousa revelou que a ideia que impulsionou a atividade foi fruto do contacto em Baltimore (EUA) com Mark Myerson, que considera um dos maiores “gurus” na sua área de atuação e também responsável pela “Steps2Walk”, organização que presta serviço humanitário internacional, onde o profissional de saúde teve a oportunidade de participar numa missão na Namíbia. “O objetivo destas missões é tratar doentes com patologias graves do pé e tornozelo, enquanto se promove o ensino aos ortopedistas locais. A ideia de ajudar voluntariamente alguém que necessita de nós é muito gratificante e foi com base nesta experiência que nasceu a ideia do curso ‘A Par e Passo’”.
Deste modo, o ortopedista salientou também a importância deste curso prático no âmbito da prática cirúrgica, assim como da promoção de subespecialização local, permitindo uma ocasião em que os doentes são avaliados em auditório e posteriormente os participantes possam assistir à cirurgia por intermédio de transmissão vídeo em direto do bloco operatório.
No que diz respeito aos critérios tidos em conta aquando da realização do programa, Manuel Resende Sousa destacou que foi feita uma pesquisa por hospitais que pretendessem promover a subespecialização na área do pé e tornozelo e elaborar palestras teórico-práticas acerca de patologias que são observadas em consulta e no bloco operatório. “A ideia é que se repita por vários hospitais, nomeadamente os mais periféricos, em que é mais difícil encontrar a diferenciação por área anatómica, e assim ajudarmos os colegas locais a resolverem os problemas dos seus doentes”, destacou.
No final do curso, o especialista espera que tenha sido dado um contributo na melhoria da avaliação clínica e da diferenciação cirúrgica. Contudo, finalizou afirmando que o mais importante é que a sua equipa tenha ajudado no tratamento de doentes em hospitais locais.