Aproximar os mais jovens da Ortopedia Oncológica

Os tumores do Aparelho Locomotor estiveram em destaque através do painel desenvolvido pela Secção de Tumores do Aparelho Locomotor (STAL), coordenada pelo ortopedista João Paulo Freitas, no Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT).

“Aproximar os mais jovens a este ramo da Ortopedia ligado à Oncologia, uma vez que existe o preconceito de que é muito restrito e não tem mais utilidades para além da área oncológica, o que não é verdade” foi o objetivo da iniciativa, segundo o coordenador da STAL. Além disso, procurou-se realçar as “vantagens de colocar as técnicas da ortopedia oncológica ao serviço das diversas áreas da especialidade de Ortopedia nos seus vários compartimentos anatómicos”.

Deste modo, em primeiro lugar, decorreu uma mesa-redonda dedicada às fraturas patológicas no adulto e criança. “O principal objetivo desta mesa-redonda foi explicar o que pode ser feito em casos de fraturas patológicas pelos ortopedistas que trabalham em hospitais onde não existe a valência específica de ortopedia oncológica”, explicou o também ortopedista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

Já a segunda mesa-redonda foi dedicada à cirurgia de salvamento de membros com endomegapróteses em situações clínicas não oncológicas, como casos de traumatologia complexa. Por sinal, também existiu espaço para discutir as complicações protésicas com osteólises periprotésicas com e sem infeção associada   e casos complexos de cirurgia de salvamento de membros nestas áreas.

“Procurou-se mostrar aos internos e recém-especialistas que o domínio das técnicas de reconstrução artroplástica da ortopedia oncológica, com bons resultados funcionais, também implica o domínio das técnicas das artroplastias primárias e de revisão, tornando o ortopedista um cirurgião mais completo”, frisou João Paulo Freitas.