A European Foot and Ankle Society (EFAS) criou o Comité de Ajuda Humanitária. Liderado por Manuel Resende Sousa, o comité visa fornecer cuidados médicos especializados em áreas geográficas carenciadas, focando-se na saúde do pé e tornozelo. Bruno Pereira, membro da SPOT, também está presente no projeto humanitário desde o início.
Manuel Resende Sousa explica que a iniciativa surge “da vontade comum dos membros da Direção da EFAS em ajudar populações desfavorecidas no que diz respeito aos cuidados médicos na área do pé e tornozelo.” O comité inclui também o Dr. Rick Brown como vice-coordenador, e figuras de destaque como o presidente da Fundação da EFAS, Prof. Victor Valderrabano, e o presidente da EFAS, Dr. Kris Buedts.
O comité pretende atingir os seus objetivos através de várias estratégias. “Realizaremos cursos teóricos e teórico-práticos sobre os princípios da cirurgia no pé e tornozelo, além de promover cirurgias com foco na formação de cirurgiões locais”, explica. Outras iniciativas incluem conferências mensais online para discussão de casos clínicos complexos e estágios para cirurgiões em centros europeus.
Ao ser questionado sobre a motivação para integrar este comité, Manuel Resende Sousa afirma que “a essência de ser médico é ajudar o próximo sem querer nada em retorno.” Enfatiza que o objetivo é devolver a autonomia e capacidade de marcha aos doentes, seja através de cirurgias ou da formação de colegas locais.
Enquanto coordenador tem várias responsabilidades, incluindo a eleição dos restantes membros do comité, elaboração de planos de ação, recrutamento de voluntários e promoção do comité junto a organizações governamentais e privadas. “Procuramos apoios financeiros sob a forma de patrocínios ou doações à Fundação da EFAS, que financia as ações de formação do comité,” acrescenta.
Para a comunidade ortopédica e os doentes, o comité oferece uma oportunidade única de voluntariado e melhoria da qualidade de vida dos doentes. “Através de ações de formação organizadas, procuramos a melhoria da qualidade de vida dos doentes que sofrem com patologia do pé e tornozelo,” destaca, acrescentando que o foco não é apenas realizar cirurgias, mas também capacitar ortopedistas locais para que possam assumir o tratamento dos doentes nas suas comunidades.
Com as candidaturas para novos membros abertas, o Comité de Ajuda Humanitária da EFAS promete ser uma força significativa na melhoria dos cuidados de saúde em áreas carenciadas, promovendo a solidariedade e a excelência na medicina ortopédica. A iniciativa demonstra o compromisso da EFAS em expandir seu impacto global e contribuir para um futuro onde todos tenham acesso a cuidados médicos de qualidade, independentemente da sua localização geográfica.