Nova tabela de nomenclatura médica em discussão no 43.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia

08/11/2024

A Comissão Sócio-Profissional da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT) realizou uma sessão no 43.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, onde foi abordado o desenvolvimento da nova Tabela de Nomenclatura Médica da Ordem dos Médicos. Esta revisão da tabela é um esforço colaborativo entre a SPOT e o Colégio da Ordem dos Médicos, que procura alinhar a nomenclatura com as práticas orto-traumatológicas contemporâneas em Portugal.

Segundo Carlos Maia Dias, coordenador da Comissão Sócio-Profissional da SPOT, a atualização da tabela de nomenclatura “foi motivada pela necessidade urgente de adequar a prática médica às exigências atuais, evitando os conflitos que o modelo desajustado anterior tem gerado”. Para Carlos Maia Dias, os desajustes da Tabela da Ordem dos Médicos (TOM) à prática clínica têm-se tornado “um fator de tensão crescente entre todos os intervenientes, incluindo doentes, médicos, hospitais e entidades financiadoras”. Esses conflitos, destaca o coordenador, “aumentam a desconfiança entre as partes”, quando o objetivo deveria ser o inverso: “fomentar um ambiente de cooperação e confiança, de forma a garantir que os doentes sejam tratados com celeridade, transparência e justiça”.

Na sessã, foram explicadas a metodologia utilizada para o desenvolvimento da nova tabela e os próximos passos necessários para a sua implementação. “É essencial que este seja um processo contínuo e que não tenhamos de esperar mais 25 anos para realizar novas adaptações”, sublinhou, destacando a importância de uma revisão regular que acompanhe a evolução da Medicina e da Ortopedia em Portugal.

A Comissão Sócio-Profissional da SPOT espera que a sessão não tenha sido apenas informativa. O objetivo é tornar este projeto “o mais inclusivo e representativo possível, de modo que a nova tabela traduza fielmente a realidade da prática orto-traumatológica moderna”.

Esta iniciativa é vista como um passo essencial para o futuro da prática ortopédica em Portugal, sendo um momento crucial para harmonizar as condições e os entendimentos entre os diversos agentes envolvidos, em benefício da qualidade e eficiência dos cuidados prestados aos doentes.