SPEJ debate robótica e inovações na artroplastia do joelho no 43.º Congresso da SPOT

07/11/2024

A Sociedade Portuguesa para o Estudo do Joelho (SPEJ) marcou presença no 43.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia da SPOT, trazendo à discussão alguns dos temas mais relevantes e inovadores na área da cirurgia do joelho. Sob a liderança de Paulo Ribeiro de Oliveira, as sessões da SPEJ centraram-se em tópicos que estão a transformar a prática ortopédica, como a robótica na artroplastia do joelho, as novas abordagens cirúrgicas e o consenso formal sobre a primeira luxação de patela.

“A escolha dos temas não foi aleatória. Optámos por tópicos que estão na vanguarda da Ortopedia e que representam tanto desafios como oportunidades para os ortopedistas”, explicou o coordenador Paulo Ribeiro de Oliveira. “A robótica, por exemplo, está a mudar a forma como abordamos a artroplastia do joelho, oferecendo uma precisão que antes era impossível. É crucial que os nossos profissionais estejam cientes dessas novas tecnologias.”

Outro destaque foi a discussão sobre a trocleoplastia, uma técnica cirúrgica específica para corrigir deformidades da tróclea do joelho. “A apresentação ‘Como Eu Faço’ trouxe uma visão prática sobre esta técnica, permitindo que os profissionais adquiram conhecimento útil para situações clínicas complexas”, acrescentou o coordenador.

A sessão também abordou o consenso formal da ESSKA sobre a primeira luxação de patela, uma condição comum, especialmente em atletas. “Este consenso oferece diretrizes baseadas em evidências que podem padronizar e melhorar o tratamento de luxações de patela em Portugal”, afirmou.

Outro tema de grande interesse foi a discussão sobre lesões da cartilagem, onde foram abordadas novas e antigas abordagens. “É fundamental perceber o que realmente faz a diferença na recuperação do paciente, e esta sessão proporcionou exatamente essa visão”, destacou.

No geral, as novas abordagens na artroplastia do joelho, incluindo as últimas inovações tecnológicas, suscitaram grande interesse entre os participantes. “Estas inovações podem não só reduzir complicações como também aumentar a durabilidade dos implantes, o que se traduz em melhores resultados a longo prazo para os doentes.”

Segundo Paulo Ribeiro de Oliveira, a sessão contribuiu significativamente para o desenvolvimento da prática ortopédica em Portugal. “Estas discussões incentivam a atualização contínua e a adoção de técnicas inovadoras, elevando o nível da ortopedia no país.”

Os participantes saíram com um conjunto de novos conhecimentos e práticas que poderão aplicar imediatamente. “Queremos que os ortopedistas estejam preparados para a evolução tecnológica e que compreendam que, na nossa área, a inovação é chave para melhorar os resultados dos nossos pacientes,” concluiu o coordenador da SPEJ.