09/11/2024
No 43.º Congresso Nacional de Ortopedia e Traumatologia, a transformação da Sociedade Ortopédica de Língua Portuguesa (SOLP) numa nova estrutura federativa, a Federação Ortopédica de Língua Portuguesa (FOLP), foi o tema central de uma sessão marcante. Coordenada por Fernando Fonseca, esta reflexão envolveu figuras-chave da Ortopedia lusófona e lançou as bases para uma cooperação mais estreita entre os países de língua portuguesa.
“A criação da FOLP é um passo fundamental para reforçar a colaboração entre os países de língua portuguesa no campo da Ortopedia”, afirmou Fernando Fonseca, destacando a importância desta transformação. “A FOLP permitirá uma organização mais robusta, capaz de promover o intercâmbio de conhecimento e melhorar a qualidade dos cuidados ortopédicos em todos os países envolvidos.”
A sessão foi moderada por Jorge Seabra, impulsionador da SOLP e ex-presidente da SPOT, e contou com a presença de líderes de destaque, como Glaydson Godinho, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e primeiro cooperante internacional em Cabo Verde, e Guilhemino Joaquim, presidente da Sociedade Angolana de Ortopedia e Traumatologia (SAOT). “Temos um caminho importante pela frente para consolidar a FOLP e garantir que esta Federação venha a ser um agente de mudança na formação e nos cuidados ortopédicos nos países de língua portuguesa”, sublinhou.
O debate contou ainda com a participação de Raul Cossa, presidente da Associação Moçambicana de Ortopedia e Traumatologia (AMOT), e de representantes de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, como Paulo Freire e Celso Matos. Embora estes países ainda não tenham sociedades científicas constituídas, a sua presença no debate reforçou a ideia de união e cooperação entre as nações lusófonas. “A nossa missão é partilhar conhecimentos e recursos, contribuindo para uma melhor assistência ortopédica nos países com maiores dificuldades”, destacou Fernando Fonseca.
A sessão também incluiu a apresentação de planos de cooperação internacional, com destaque para parcerias com a Sociedade Europeia de Infeção Osteo-Articular (EBJIS), a cargo de Ricardo Sousa, e a European Foot and Ankle Surgery (EFAS), representada por Francisco Flores. Estas colaborações visam melhorar o acesso a tratamentos de qualidade, como explicou Fernando Fonseca: “Através destas parcerias europeias e da colaboração com o Brasil, esperamos elevar os padrões de tratamento nos países africanos de língua portuguesa.”