No dia 30 de setembro decorreram, em Coimbra, as VII Jornadas Nacionais da Secção da Anca da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT), que tiveram como tema “Hip Arthroplasty Current Concepts”.
“Fomos surpreendidos com uma aderência muito significativa, contando as VII Jornadas da Secção da Anca com cerca de 150 participantes, o que vem ao encontro do interesse crescente nesta ‘pequena articulação da anca’, nas suas patologias e nas várias técnicas terapêuticas médicas e cirúrgicas associadas”, disse Jorge Cruz de Melo, coordenador desta Secção.
“No nosso entender as Jornadas devem ter um fim formativo para todos, mais em especial para os internos e jovens especialistas. Desta forma, procurámos incluir um leque de profissionais jovens, interessados e motivados para esta área, permitindo-lhes afirmação, partilha e reconhecimento. A proximidade com os internos permite uma ponte mais fácil, gerando maior proximidade. Criámos também um espaço para os internos fazerem as suas apresentações, na forma de comunicações livres e posters, de forma a estimular o trabalho de pesquisa e científico, a capacidade de comunicar, e, sobretudo, permitir a participação e inclusão de forma ainda mais ativa nas Jornadas”, explicou.
Além disso, Jorge Cruz de Melo revelou que procuraram não esquecer os mais experientes, aqueles que dedicaram uma vida à Ortopedia, não só na sua prática clínica cuidando de pacientes, como também com especial interesse na área formativa. “Quisemos, em conjunto com o Sr. Prof. Fernando da Fonseca, homenagear o Dr. Fernando Judas, por tudo o que representa para o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e para a Ortopedia portuguesa. Quisemos que esta homenagem fosse, além de pessoal, uma mensagem da importância do reconhecimento do trabalho, conhecimento, experiência e valores dos nossos mestres”.
Nestas Jornadas debateram-se temas de uma forma abrangente e completa, desde a anatomia e fisiologia articular/ biomecânica da anca, passando pela clínica e estudo da anca doente, pelo planeamento e preparação dos pacientes, técnica cirúrgica, materiais, casos difíceis, reabilitação, e, como não podia deixar de ser, uma atenção ao futuro/presente da “cirurgia robótica”.
“O que pretendemos foi que no final desta Reunião todos estivessem mais ricos em conhecimento, mais próximos dos vários e múltiplos colegas interessados nesta área anatómica e, se possível, com mais alguns colegas ‘apaixonados’ pela patologia da anca. Sentimos que fomos ao encontro destas expectativas”, concluiu o coordenador da Secção da Anca da SPOT.