24/04/2025
Subordinado à temática da instabilidade do ombro e cotovelo, decorreu a 21 de abril, um novo webinar da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia (SPOT). A iniciativa “Essential to Know About Shoulder and Elbow Instability” realizou-se via Zoom em inglês, graças aos palestrantes e mais de 50 participantes estrangeiros.
O evento, moderado por Bárbara Campos, começou com a intervenção do presidente da Sociedade Portuguesa Ombro e Cotovelo (SPOC), Nuno Sevivas, sob a temática do conceito “Glenoid track” e as consequentes implicações no tratamento. O palestrante começou por destacar os sintomas, avançando com os fatores de risco. “Outra coisa importante é conhecer e estar ciente da história natural desta patologia. Aproximadamente 70% das pessoas que já deslocaram o ombro, podem esperar, após a lesão inicial, deslocar novamente num espaço de dois anos”, frisou.
Rui Claro continuou a sessão a falar sobre a primeira luxação do ombro. O especialista falou da instabilidade anterior, mencionando causas e opções tratamento, embora “não exista um procedimento cirúrgico único que possa tratar todas as lesões”. Concluiu ainda que há “maior risco de recorrência e complicações com o tratamento conservador”.
Acabadas estas apresentações, houve espaço para um debate, onde Bárbara Campos colocou algumas dúvidas aos oradores.
Após a troca de ideias, Nuno Moura ficou responsável pela moderação. Antonio Foruria começou por abordar a instabilidade rotatória do cotovelo, enquanto descrevia diferentes cenários da patologia. “A insuficiência do ligamento colateral lateral leva à lesão sintomática do ligamento colateral ulnar lateral do cotovelo”, finalizou.
Diogo Constantino focou o discurso nas opções de tratamento da instabilidade rotatória póstero-lateral. O especialista em Ortopedia distinguiu a luxação aguda simples e a instabilidade rotatória da Lesão do Ligamento Colateral Ulnar Lateral (PLRI) crónica, passando pela análise de estudos científicos. “A PLRI crónica é a forma mais comum de instabilidade crónica no cotovelo e representa dor, disfunção e instabilidade subjetiva ou objetiva. O tratamento conservador raramente é bem-sucedido”, encerrou.
A iniciativa arrancou com 200 participantes, embora no seu auge tenha alcançado as 500 participações.